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Fatores que influenciam no crescimento

A maioria da bibliografia pesquisada divide os fatores que influenciam no crescimento como:

Fatores Intrínsecos

Dizem respeito à determinação genética (metabolismo – malformações).

A herança genética que permite a transmissão das características aos descendentes determina o potencial ou alvo que uma criança pode atingir. É importante destacar que alguns fatores ambientais, mesmo no período intrauterino e principalmente nas crianças pequenas, podem influenciar e perturbar a qualidade do processo de crescimento.

O fator genético

O fator genético traz influência no crescimento, a variabilidade genética normal é sempre levada em consideração quando se realizam diagnósticos de déficit de crescimento.

A influência do fator genético no crescimento pode ser demonstrada por meio do crescimento linear na correlação entre as medidas de altura dos pais e a altura dos filhos em determinadas idades ou pela correlação da medida de estatura de uma criança em sucessivas idades e sua própria altura na idade adulta.

O crescimento linear é definido tecnicamente no comprimento da criança menor de dois anos (deitada) e a altura a partir dos dois anos de idade.

Outro exemplo da influência genética no crescimento pode ser avaliado a partir da velocidade do crescimento das diferentes partes do corpo, incluindo a idade do aparecimento da menarca como uma influência herdada geneticamente.

Abaixo uma figura que demonstra o ritmo de crescimento das diferentes partes do corpo:

FONTE: Ministério da Saúde (2002).

Observando a figura acima, é possível perceber o tamanho da cabeça do feto de 2 meses e posteriormente nas idades subsequentes; nos primeiros períodos de vida a circunferência cefálica ainda ocupa maior volume no corpo se comparado aos próximos períodos.

Retomando as tabelas sobre as alterações cromossômicas é importante determinar sempre que em crianças portadoras de Síndromes Genéticas, os índices de estatura e peso geralmente estão diferenciados e devem ser avaliados especificamente.

Fatores Extrínsecos

dizem respeito à alimentação, saúde, higiene, habitação e demais cuidados gerais com a criança.

O ambiente é fator importante para o crescimento da criança, as condições gerais que favorecem o crescimento da criança estão ligadas ao meio em que ela vive e aos recursos a ela destinados; também aos cuidados gerais que estão sendo realizados, incluindo o afeto, a atenção e dedicação da família e da sociedade.

Abaixo a figura demonstra exatamente o que foi descrito no parágrafo anterior, são comparações das alturas médias de meninos de cinco anos de idade de países desenvolvidos e em desenvolvimento.

FONTE: Ministério da Saúde (2002).

É possível concluir que em todos os países desenvolvidos a estatura dos meninos é maior se comparado com os meninos dos países em desenvolvimento. No Brasil, foram avaliados meninos de classe alta e baixa, e o resultado expresso é de que os de classe alta possuíram maior estatura do que os de classe baixa.

Tanner (1960) num estudo com 300 pares de gêmeos homozigotos, criados separadamente e em condições socioeconômicas bem diferentes, observou variação média de 6 cm de altura quando adultos, sendo que os indivíduos criados em ambiente carente e com acesso limitado às ações de saúde foram sempre mais baixos que os seus irmãos.

Entenda os principais fatores 

Os principais fatores extrínsecos que influenciam no Crescimento da Criança estão relacionados com:

Alimentação

Crescer consome 32% das calorias dos recém-nascidos; as crianças até cinco anos necessitam de uma alimentação específica, a dieta da criança deve ter quantidade, qualidade, frequência e consistência adequada a cada idade; para criança com até 6 meses de idade a alimentação exclusiva deve ser a amamentação.Na questão da alimentação na infância tanto a obesidade quanto a desnutrição são fatores relativamente preocupantes no crescimento da criança. 

A Organização Mundial da Saúde (1997) classifica a obesidade como uma patologia com graves consequências, dentre elas a infecção respiratória, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer estrogênico e depressão.

Por outro lado, a desnutrição interfere negativamente e gravemente no desenvolvimento mental das crianças, principalmente nos casos de restrição alimentar na fase intrauterina. 

Isso porque esta situação acarreta diminuição do número de células nervosas e sinapses entre elas, influenciando assim no desempenho escolar da criança e gerando dificuldades de aprendizagem.

Infecções 

A imunização nas crianças é essencial para prevenir a ocorrência das doenças imunopreveníveis, conforme preconiza o calendário vacinal do Ministério da Saúde. 

Quaisquer outros processos infecciosos aumentam as necessidades nutricionais, nos processos febris ocorrem para cada grau de temperatura acima de 38ºC um aumento de 20% das necessidades calóricas e proteicas da criança. Diante disso, as infecções repetidas podem levar ao retardo do crescimento e à desnutrição.

Higiene

Relaciona-se ao manuseio de alimentos oferecidos a crianças, ao ambiente em que a criança se encontra e as medidas de higiene corporal. Neste item também se pode incluir o acesso ao saneamento básico, sistema de esgoto, práticas corretas de armazenamento, limpeza e conservação de alimentos.

Cuidados Gerais

Estão relacionados com a formação da personalidade da criança, os estímulos e conhecimentos fornecidos a ela, a afetividade oferecida à criança e todos os amparos necessários neste período. Neste item podemos incluir as consultas ao pediatra e o início da vida social na escola e em grupos.Abaixo a figura demonstra a proposta do Ministério da Saúde (2002) sobre as consultas para Assistência a Criança:

FONTE: Ministério da Saúde (2002).

A figura expressa que no primeiro ano de vida a criança deve realizar no mínimo sete consultas com o pediatra, sendo a primeira até quinze dias após o nascimento, a segunda ao completar o primeiro mês, a terceira no segundo mês, a quarta no quarto mês, a quinta consulta no sexto mês, a sexta consulta no nono mês e a sétima consulta ao completar 1 ano.

Após um ano de vida a criança necessita realizar no mínimo duas consultas com o pediatra sendo a primeira no décimo oitavo mês e a segunda ao completar dois anos. 

A partir dos dois anos a recomendação é de uma consulta aos três anos, uma consulta aos quatro anos, uma consulta no quinto ano de vida e uma consulta no sexto ano de vida.

Desta forma, pode-se concluir que desde o período intrauterino, as influências já estão em torno do crescimento que a criança poderá apresentar futuramente, alcançando seu potencial máximo ou não, de maneira que ambos os fatores, intrínsecos ou extrínsecos, estão constantemente relacionados no resultado do crescimento da criança.

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