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Transporte de oxigênio no sangue e a Oxigenioterapia

O oxigênio se dissolve no plasma, mas como é pouco solúvel, é transportada no sangue ligado à hemoglobina. Cada molécula de hemoglobina possui quatro sítios de ligação para o O2 e a ocupação total ou parcial desses sítios depende da concentração de O2 sanguínea.
O sangue que deixa os pulmões possui 95% das hemoglobinas ligadas ao O2. Esse sangue difunde-se pelos tecidos onde o O2 se desprende da hemoglobina e passa para os tecidos.

– Resumidamente, nos tecidos o O2 participa da liberação de energia de substratos metabólicos.
– C6H12O6 (glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + ENERGIA

O papel da hemoglobina

As hemoglobinas também participam da retirada de CO2 formado no metabolismo da célula.
A concentração de CO2 é mais alta dentro das células do que na corrente sanguínea devido a constante produção metabólica. Os valores aproximados de CO2 no sangue são:

– Obs.: A hemoglobina é o principal sistema tampão sanguíneo.

A importância da oxigenioterapia

A oferta de oxigênio deve ser realizada da forma mais confortável possível ao paciente, podendo-se usar cateteres sub-nasais, máscaras faciais com e sem reservatório, caixa de Hood, campânulas ou CPAP nasal.
Deve ser iniciada prontamente em todo paciente grave. Esta medida simples pode evitar a deterioração clínica e a parada cardiorrespiratória em um grande número de bebês.

Entenda algumas possíveis sequelas

O atraso no início do uso da oxigenoterapia pode determinar sequelas importantes e até a morte devido ao fato da hipoxemia grave levar a lesões teciduais. A oxigenoterapia visa manter uma PaO2 acima de 60 mmHg ou uma saturação próxima de 90-95%. 
Todavia, em algumas situações especiais (cardiopatias cianóticas, SARA em ventilação mecânica, etc.), podem-se tolerar níveis de oxigenação arterial menores. Deve-se avaliar a possibilidade de cardiopatias canais dependentes, pois o oxigênio auxilia no fechamento do canal arterial podendo levar a deterioração do quadro cardíaco e respiratórios destes bebês.

Formas de administração da oxigenioterapia

cateter sub-nasal ou bigodinho (fluxo de até 3 l/min, FiO2= 0,25 a 0,30), caixa de Hood (FiO2 de até 0,9, o fluxo varia conforme o tamanho da caixa), na incubadora (fluxo de 3 a 5 l/min, FiO2= 0,4 a 0,6), ambu com reservatório (fluxo de 5 l/min, FiO2= 1).
Calculo da FiO2 = [(litros de O2) + (litros de ar comprimido x 0,21)]
Total de litros de Ar e O2
Complicações da oxigenioterapia: retinopatia da prematuridade (em RNPT abaixo de 36 semanas de IG), displasia broncopulmonar (relacionada a FiO2 acima de 0,6).
SatO2 ideal em RNPT: 85 a 92%.
SatO2 ideal em RN de termo e pós-termo: 88 a 95%.

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