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Transportes: Conceito, tipos de modais e tecnologia

Transportes Conceito, tipos de modais e tecnologia

Basicamente, quando se fala de transporte expõe-se a movimentação de cargas entre dois pontos diferentes. Assim, o transporte é o fenômeno que consiste em movimentar cargas, que podem ser mercadorias, produtos, insumos, etc., e também pessoas, animais e outros seres viventes, de um ponto inicial para um destino.

Nesse contexto, o transporte possibilita uma infinidade de possibilidades relacionadas aos seus objetivos, ou seja, nas inúmeras formas de se fazer essa movimentação o transporte pode se utilizar de vários modelos de meios para alcançar os objetivos.

Baseado nesses pensamentos pode-se afirmar que existem alguns tipos de meios de transportes, ou modo de se realizar a movimentação de cargas e pessoas, ou ambos, saindo de um ponto inicial e transportando-se essas cargas, e/ou pessoas, até um destino final, ou objetivo do transporte.

Tipos de modais

Assim sendo, os diversos meios de transporte, ou modos de transportes, chamados de modais de transporte, podem ser de cinco tipos diferentes:

  • Rodoviário;
  • Ferroviário;
  • Aquaviário;
  • Dutoviário;
  • Aéreo.

Entenda o Modal Rodoviário 

O modal rodoviário é o tipo de transporte mais utilizado no Brasil, em virtude da imensa gama de investimentos que foram realizados na década de 1960 com a implantação da indústria automobilística. Dessa forma, foram realizados grandes investimentos na construção de rodovias ao longo de todas as regiões brasileiras, possibilitando a implantação, crescimento e desenvolvimento do modal no Brasil.

Atualmente, o modal possui uma regulamentação muito complexa e grande, principalmente no tocante aos padrões e normas de conduta dos veículos nas rodovias e cidades, e em razão da grande quantidade de acidentes automobilísticos que acontecem anualmente, deixando marcas muito profundas e afetando a economia do país e causando a morte e invalidez de uma grande quantidade de pessoas.

Nos últimos anos, grandes investimentos têm sido realizados, principalmente com a privatização das rodovias no país. Isso acarretou uma melhora muito grande na estrutura das rodovias do Brasil, possibilitando a grande circulação de veículos existentes.

Como consequência, há um aumento significativo da quantidade de veículos que circulam pelas rodovias e cidades, produzidos pelo aumento na produção das montadoras de veículos, tanto veículos de passeio como de transporte de cargas e passageiros, além de estímulos ao crédito para as empresas e para as pessoas.

O modal rodoviário possui algumas vantagens, como a facilidade de acessos, o transporte de cargas pequenas e fracionadas, a entrega em qualquer local, pela facilidade de trânsito. Outra vantagem é a velocidade e a facilidade de deslocamento pela imensa malha rodoviária existente no país. As desvantagens dizem respeito aos grandes investimentos na construção e manutenção de rodovias, os custos elevados de manutenção de veículos, a carga tributária incidente, a baixa relação custo/benefício por tonelada transportada, ou passageiro transportado por quilômetro, além da elevada incidência de acidentes, causando mortes e perdas financeiras irreparáveis.

As ferrovias surgiram na Inglaterra, com a construção e desenvolvimento da máquina a vapor. Eram usados com a finalidade de transportar passageiros e cargas, com a vantagem do grande volume que é possibilitado a se fazer esse transporte.

O modal ferroviário é um dos mais destacados no conceito de transporte, visto que é um tipo específico de modal com características próprias de sua atuação e função. A sua importância sempre foi muito destacada, principalmente nos tempos do século XIX e XX.

Na Europa e EUA o destaque desse modal é muito maior que no Brasil. Lá, o meio ferroviário exerce grande influência no transporte de passageiros e cargas. No Brasil, o modal sofreu uma grande desestimulação principalmente pela implantação da indústria automobilística na década de 1960. O governo brasileiro da época privilegiou a implantação da indústria de veículos automotores rodoviários, fato que criou grandes estímulos para o desenvolvimento do modal rodoviário, em desestímulo ao ferroviário. 

Isso também aconteceu em virtude da pressão das grandes empresas produtoras de petróleo, que necessitavam de um mercado cada vez maior de veículos, que iriam consumir petróleo em larga escala, ao contrário do trem. Dessa maneira, o modal rodoviário foi assumido pelo governo como o modal principal do país, que passou a assumir as funções desempenhadas anteriormente pela ferrovia. 

Assim sendo, o transporte rodoviário de cargas e passageiros tornou- se oficial no país e a ferrovia foi desestimulada, reduzindo-se a sua participação no Brasil, principalmente no tocante ao transporte de passageiros e cargas.

Atualmente, há poucas linhas férreas que fazem o transporte de cargas, principalmente de produtos como minérios, combustíveis, grãos e alguns outros tipos de materiais que são produzidos e transportados em grandes quantidades. O transporte de passageiros praticamente foi extinto, existindo apenas o transporte municipal em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, que utilizam trens para o transporte de pessoas. Além dos trens convencionais, também é utilizado nesse transporte o metrô, que é um tipo de trem que faz o seu deslocamento no subsolo, em túneis específicos para o seu desempenho.

As principais vantagens do modal ferroviário são:

1. Grande capacidade de cargas, ou seja, os trens possuem uma capacidade muito grande de volume de cargas no mesmo momento, visto que uma composição de locomotiva e vagões chega a transportar quantidades muito grandes de cargas, da ordem de até 1000 toneladas em cada viagem realizada.

2. É um meio de transporte seguro.

3. Causa pequenos impactos ambientais.

4. O consumo de combustível é pequeno devido à proporcionalidade da carga que é transportada, ou seja, a relação entre volume de carga e consumo de combustível é pequeno.

No entanto, o sistema ferroviário possui algumas desvantagens:

a) Baixa velocidade de transporte, se comparado com outros modais.

b) Pouca flexibilidade nas rotas e na carga.

c) Grandes investimentos na construção das ferrovias e máquinas.

d) Manutenção cara.

e) Necessidade de integração com outros modais, visto que o modal ferroviário não consegue sozinho realizar todas as operações de carga, transporte e descarga em todos os produtos possíveis.

f) Impossibilidade de fragmentação de cargas, ou transporte de cargas conjugadas, na maioria dos casos.

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