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A importância da eficiência e eficácia na Gestão Pública

Os interesses da sociedade estão vinculados às atividades desenvolvidas pelo governo, que, por sua vez, tem como princípio básico prestar serviços que supram as necessidades coletivas de forma eficiente e eficaz.

As mudanças organizacionais ocorridas nas últimas décadas no setor privado, também acabaram por atingir o setor público e governamental. Entre estas mudanças se encontram especialmente os mecanismos de controle aplicados aos atos realizados pelos gestores públicos.

Tratamos aqui de abordar a importância da eficiência e eficácia na gestão pública como vetor de desenvolvimento social que afeta diretamente a sociedade como um todo contribuindo na melhoria dos serviços públicos prestado à sociedade, eficácia e eficiência são consideradas fundamentais a qualquer organização pública ou privada. Ambas são vitais para o planejamento: determinar os objetivos certos e em seguida escolher os meios certos de alcançar esses objetivos.

A participação popular, a ação coletiva na gestão e o controle é um instrumento que vem diminuindo as irregularidades e melhorando a resolução de problemas, tornando mais eficiente e eficaz o gerenciamento e a execução de políticas públicas e de instituições públicas governamentais, trazendo mais transparência e clareza, e gerando maior fiscalização em relação às atividades desenvolvidas, aos recursos e aos serviços direcionados ao setor público.

Com a Constituição de 1988 ficou definido quais as atribuições pertinentes à União, ao Estado e aos Municípios bem como os princípios que passaram a reger a Administração Pública. Os conceitos de eficiência e eficácia geralmente estão mais presentes em áreas como administração e economia. Após a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a eficiência tornou-se princípio constitucional da administração pública.

A qualidade da gestão pública tem que ser orientada para o cidadão, e desenvolver-se dentro do espaço constitucional demarcado pelos princípios da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.

O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, para obtenção de resultados positivos para o serviço público e atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.

Tais princípios buscam uma gestão mais transparente e profissional com ações que visam o atendimento das demandas, anseios e necessidades da sociedade. Jacobsen (2012, pág. 37) relata que “administrar com eficácia significa atingir os objetivos planejados. Já agir com eficiência implica utilizar corretamente os recursos disponíveis”.

A eficácia resulta da relação entre metas alcançadas versus metas pretendidas e a eficiência significa fazer mais com menos recursos.

O objetivo do trabalho é identificar a importância da eficiência e eficácia na gestão pública com vetor de desenvolvimento social.

Peter Drucker afirmar: eficiência é fazer as coisa de maneira correta, eficácia são as coisas certas…uma organização ideal seria ao mesmo tempo eficácia e eficiente, de modo que as suas ações (métodos procedimentos) aplicado aos recursos (materiais e intelectuais) obtenham o máximo de aproveitamento eficiente.

Na gestão pública eficiência e eficácia com vetor de desenvolvimento está relacionada ao impacto social que procura identificar os efeitos produzidos sobre uma população-alvo de programas sociais desenvolvidos pelos os governos estaduais e municipais. A eficácia, por sua vez, propicia que as instituições avaliadas respondam às pressões por transparência, demonstrando que resultados estão sendo alcançados.

Qual a diferença entre eficiência e eficácia? 

Eficiência e eficácia são comumente usados e até confundidos como termos semelhantes, todavia possuem suas diferenças principalmente no campo da Administração. Uma vez que “em síntese administrar implica tomar decisões e realizar ações”, segundo expõe Jacobsen (2012, pág 37), sob esta ótica, dependendo de como se administra uma organização pode-se determinar o quanto ela é capaz de utilizar adequadamente os recursos à sua disposição com o intuito de alcançar seus objetivos e portanto, determinar o nível de eficiência e eficácia.

Entendendo a diferença

Diante das definições apresentadas, verificamos que apesar da semelhança morfológica, que muitas vezes causa uma confusão semântica, eficiência e eficácia possuem significados diferentes e portanto, podemos chegar a diferenciação delas no âmbito organizacional. 

Para as organizações um funcionário eficiente produz de forma rápida e inteligente enquanto um funcionário eficaz produz a um nível elevado, desse modo, o ideal para os gestores e a combinação da eficiência e eficácia de modo que a organização consiga produzir e oferecer os melhores produtos e serviços, com maior rapidez e utilizando menos recursos, conforme explica Chiavenato apud Jacobsen (2012, pág 37) “a eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas (métodos de trabalho) para que os recursos sejam aplicados da forma mais racional possível no desenvolvimento de suas atividades”.

A eficiência no ambiente de trabalho pode ser vista como o tempo necessário para se executar uma determinada tarefa. Gestores e funcionários eficientes, utilizando estratégias que economizam tempo, completam tarefas no menor tempo possível e utilizando a menor quantidade de recursos disponíveis, enquanto que gestores e funcionários ineficientes costumam tomar o caminho mais longo para executar determinada tarefa, o que demanda mais tempo e utilização de recursos. 

Por exemplo, um gestor que trabalha na matriz de uma determinada empresa, localizada em São Luís, capital do estado do Maranhão que deseja se comunicar com um gerente que trabalha numa filial da referida empresa e por sua vez está localizada na cidade de Bacabal/MA, para encaminhar a nova tabela de preços dos produtos vendidos pela loja, pode alcançar seu objetivo utilizando-se do correio eletrônico, também conhecido como e-mail, que permite enviar a mensagem através da internet, quase que instantaneamente ao destinatário, desta forma o gestor estará agindo com eficiência, ou se por sua vez ele preferir utilizar o serviço convencional dos correios, o que demandará mais tempo e recursos, poderá ser considerado ineficiente, por ignorar a utilização das tecnologias da informação e comunicação disponíveis na empresa.

A eficácia por sua vez mede o nível de resultados das ações executadas pelos gestores e funcionários, que são considerados eficazes no âmbito organizacional quando conseguem obter ótimos resultados no seu ambiente de trabalho. 

Por exemplo, um funcionário que trabalha no setor de vendas de uma loja de calçados, pode ser considerado eficaz quando consegue realizar um grande número vendas, de forma consistente, valendo-se de sua empatia, ou por saber detectar rapidamente as necessidades e gostos dos clientes, e desse modo pelo volume de vendas, consegue atingir rapidamente as metas estabelecidas pela empresa, enquanto que um funcionário considerado ineficaz precisa batalhar junto aos clientes para convencê-los a fazer uma compra, sendo que geralmente este funcionário tem dificuldades em alcançar as metas da empresa.

Eficiência versus Eficácia

Emerson apud Chiavenato (2011, pág. 149), utilizou a expressão “engenharia de eficiência como uma especialidade na obtenção e maximização da eficiência”. Chiavenato explica que para Emerson eficiência é a relação entre o que é conseguido e o que pode ser conseguido, de onde surgiu a expressão percentagem de eficiência, que é utilizada para melhor representar aquela razão. Deste modo e considerando a definição apresentada, temos que a eficiência está voltada para a melhor maneira (the best way) pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas (métodos) objetivando que os recursos (pessoas, máquinas, matérias-primas) sejam aplicados da melhor maneira possível.

Considerando que a eficiência não tem sua preocupação com os fins, mas simplesmente com os meios, Chiavenato (2011, pág. 149), esclarece que “o alcance dos objetivos visados não entra na esfera de competência da eficiência; é um assunto ligado à eficácia”. Portanto, o administrador que têm sua preocupação em fazer executar corretamente as tarefas, estará voltado para a eficiência, enquanto que ao utilizar os meios fornecidos por aqueles que lhe estão subordinados, com o intuito de avaliar os resultados alcançados, verificando se as tarefas que estão sendo realizadas são de fato as que deveriam ser feitas, então estará se voltando para a eficácia.

O ideal portanto, seria que o administrador considerasse a organização em que trabalha sob o ponto de vista da eficácia e de eficiência, simultaneamente, pois a eficácia serve como uma medida para alcance de resultados e por sua vez a eficiência será uma medida da utilização dos recursos neste processo, e desse modo se conseguir que a organização seja igualmente eficiente e eficaz, a mesma alcançará a excelência em seus produtos e/ou serviços, pois estará utilizando adequadamente seus recursos no alcance de seus objetivos.

O ato de administrar não é fácil sobretudo em um mundo tão dinâmico, mas o conhecimento tem sido uma ferramenta indispensável para o sucesso de um administrador, um bom administrador deve a cada dia buscar refletir sobre suas ações considerando seu trabalho e objetivos, sobretudo a visão que traz a eficácia e eficiência devem nortear todos os trabalhos de maneira integral e simultânea, pois a eficácia é imprescindível para resultados e por outro lado a eficiência serve para otimizar a utilização dos recursos. Utilizando-se desses dois conceitos de maneira equilibrada proporcionará a organização um excelente desenvolvimento, pois estará utilizando adequadamente seus recursos no alcance de seus objetivos.

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