Primeiros-socorros são procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de morte, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba atendimento definitivo.
Definimos ainda como o primeiro atendimento realizado a uma pessoa que sofreu algum trauma, lesão ou mau súbito.
Ou ainda como as primeiras providências tomadas no local do acidente. É um atendimento inicial e temporário, até a chegada da equipe de socorristas.
O atendimento a vítima pode ser realizado por qualquer pessoa, desde que treinada para realizar as técnicas preconizadas ao atendimento emergencial.
Qualquer pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar, mais conhecido como primeiros-socorros, deve antes de tudo, atentar para a sua segurança. No impulso de ajudar as vítimas, não justifica a realização de atitudes inconsequentes, que acabam transformando o socorrista em uma nova vítima.
Para que a vítima seja atendida com qualidade, questões como seriedade e respeito devem sempre acompanhar o socorrista. Evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha em sigilo informações pessoais que ela revele durante seu atendimento.
Um fator importante no atendimento em primeiros-socorros é o tempo, e este não pode ser desprezado em hipótese alguma, pois este tempo perdido poderá ser o diferencial entre a vida ou morte do paciente.
Sinais Vitais
Os vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico de uma vítima. São considerados também como os sinais emitidos pelo nosso corpo de que suas funções vitais estão normais e que qualquer alteração indica uma anormalidade.
Os sinais vitais são: pulso, respiração, pressão arterial e temperatura.
Pulso
É a ondulação exercida pela expansão das artérias seguida por uma contração do coração. Nada mais é que a pressão exercida pelo sangue contra a parede arterial em cada batimento cardíaco.
O pulso pode ser percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um osso. Os locais mais comuns para obtenção do pulso são nas artérias carótida, radial, femoral e braquial.
Pode ainda ser verificado através da ausculta cardíaca com o auxílio de um estetoscópio e denominamos pulso apical. Na verificação do pulso deve-se observar a sua frequência, ritmo e volume.
Respiração
A respiração refere-se à entrada de oxigênio na inspiração e a eliminação de dióxido de carbono através da expiração.
É a sucessão rítmica de movimentos de expansão e de retração pulmonar com a finalidade de efetuar trocas gasosas entre a corrente sanguínea e o ar nos pulmões.
Para avaliar a respiração devemos verificar seu caráter, se ela é superficial ou profunda, seu ritmo que pode ser regular e irregular e por último sua frequência, ou seja, a quantidade de movimentos respiratórios por minuto.
Outros fatores podem alterar os valores normais da respiração como exercícios físicos, medicamentos, fatores emocionais, portanto, é importante que o socorrista saiba reconhecer estas alterações.
São empregados termos específicos para definir as alterações dos padrões respiratórios, tais como:
Eupneia: respiração normal, com movimentos regulares, sem dificuldades;
Apneia: é a ausência dos movimentos respiratórios;
Dispneia: dificuldade na execução dos movimentos respiratórios;
Bradipneia: diminuição da frequência respiratória;
Taquipneia: aumento da frequência respiratória.
Pressão arterial
É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias quando esse é impulsionado pela contração cardíaca. Pode variar de acordo com a idade do paciente, devido ao aumento da atividade física, situações que levam ao stress e ao medo e por alterações cardíacas.
A pressão arterial é influenciada pela força dos batimentos cardíacos e pelo volume circulante.
A contração cardíaca é denominada sístole e o relaxamento do coração é denominado diástole. A pressão sistólica é a pressão máxima do coração, enquanto a pressão diastólica é a pressão mínima do coração.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da pressão arterial, são eles:
Hipertensão: aumento dos níveis da pressão arterial;
Hipotensão: redução dos níveis da pressão arterial;
Normotenso: são os parâmetros normais da pressão arterial.
Temperatura
É o nível de calor que chega a um determinado corpo, ou seja, é a diferença entre o calor perdido e o calor produzido pelo organismo. É influenciada por meios físicos e químicos e seu controle é realizado por meio da estimulação do sistema nervoso central.
A temperatura corporal reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo e pode ser verificada nas regiões axilar, oral e retal.
É medida por meio do termômetro clínico e possui uma graduação que varia de 34ºC a 42ºC, sendo que raramente o ser humano sobrevive com sua temperatura acima ou abaixo destes parâmetros.
Variações de 0,3ºC a 0,6ºC da temperatura são consideradas normais e pode se elevar em situações como:
– Infecção.
– Medo.
– Ansiedade.
São causas da diminuição da temperatura corporal:
– Exposição ao frio.
-Estado de choque.
– Hemorragias.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da temperatura, são eles:
Afebril: temperatura corporal normal.
Hipotermia: temperatura corporal abaixo do normal.
Hipertermia: temperatura corporal acima do normal.
Gostou do conteúdo e ficou interessado em saber mais? Siga acompanhando nosso portal e fique por dentro de todas nossas publicações. Aproveite também para conhecer nossos cursos e ampliar seus conhecimentos.