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Protocolo de Manchester: Entenda como funciona

O protocolo de Manchester consiste em um sistema de triagem baseado em cinco cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul, sendo vermelho representando os casos de maior gravidade, e azul os casos de menor gravidade. Esse sistema já é empregado mundialmente, sendo poucos hospitais ou clínicas que não aderiram a esse sistema.
O Protocolo de Manchester é um dos métodos mais utilizados no mundo todo, que permite a identificação de prioridade e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso.

Como este protocolo surgiu?

Como o próprio nome sugere, o protocolo foi criado na cidade de Manchester, na Inglaterra, em 1997. Esse método se mostrou tão eficaz que hoje é aplicado em diversas instituições de saúde, visando melhorar e agilizar o atendimento ao dar prioridade a casos mais graves, além de aperfeiçoar substancialmente os processos em geral. O método também é utilizado em muitos países, como Holanda, Suécia, Alemanha e no Brasil.

Como funciona?

A triagem analisa diversas variáveis que implicam a gravidade do paciente: intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia, quadro clínico entre outros indicadores que irão variar de acordo com a instituição. A seguir apresentamos a escala de cores mais utilizada e as características de cada uma na hora do atendimento.

Vermelho (emergência)

Neste caso o paciente necessita de atendimento imediato. É destinada aos pacientes que se encontram em estado gravíssimo e com risco de morte, os quais necessitam de atendimento imediato, como quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, dor no peito relacionada à falta de ar, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis, entre outros.

Laranja (muito urgente)

O paciente necessita de atendimento o mais rápido possível. Essa cor é para casos considerados muito urgentes e com risco significativo de morte. O tempo de espera aproximado é de até 10 minutos. Abrange casos, como arritmia cardíaca sem apresentação de sinais de instabilidade, cefaleia intensa com rápida progressão, dores severas, etc.

Amarelo (urgente)

Neste caso o paciente necessita de avaliação, o caso não é considerado emergência, e o paciente já têm condições de aguardar o atendimento.

Abrange os casos urgentes de gravidade moderada com necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. O tempo médio de espera é de até 60 minutos e classifica casos, como desmaios, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais, entre outros quadros clínicos.

Verde (pouco urgente)

Casos pouco graves, que podem inclusive serem tratados ambulatorialmente. A cor verde é para casos considerados menos graves. O tempo de espera pode ser de até 2 horas e abrange pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas, hemorragia controlada, asma não diagnosticada como quadro de crise, etc.

Azul (não urgente)

Casos de baixa complexidade, o paciente deve ser tratado ambulatorialmente. Por fim, a cor azul representa a classificação mais simples para casos que o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outra unidade de saúde. O tempo de espera pode ser de até 4 horas e envolve pacientes com queixas de dores crônicas, aplicação de medicação com receita, troca de sondas, entre outros.

Importante levar em consideração

O protocolo de Manchester apresenta algumas falhas em especial em um sistema de saúde como o brasileiro, a falta de leitos, médicos entre outros problemas muitas vezes impossibilitam a adoção do método.

Vale ressaltar problemas relativos ao poder aquisitivo dos pacientes, sobrecarga do setor de enfermagem, generalização dos casos entre problemas que já foram sinalizados em muitas instituições que tentaram implantar o sistema. A tendência é que seja criado um modelo híbrido de acordo com as necessidades do hospital ou instituição hospitalar.

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